16.2.13

Existe cura para as relações entre casais?


Existe cura para as relações entre casais?



Quanto mais amor, menos cobrança

Todos nós sempre temos algum problema de relacionamento com alguém. Até Pedro e Paulo brigavam. Durante o caminho os apóstolos discutiam quem seria o maior.

Jesus é o Mestre dos relacionamentos. Muitas vezes, temos a imagem equivocada da pessoa que está ao nosso lado, por isso, há os desentendimentos.

Todo cônjuge faz a promessa de não abandonar o outro em hipótese nenhuma condição. Lembremos que Pedro também disse que estaria pronto para ir com o Jesus, tanto para a prisão como para a morte. No entanto, ele O negou! Ele não foi desonesto quando disse que morreria por Jesus.

Essa pessoa que casou com você, também fez juras de amor e não estava mentindo. Mas você pode até dizer: “Cadê a sua palavra?

Talvez você tenha visto aquele sacerdote ardoroso abandonando o sacerdócio e muitos dizem: “Eu não acredito mais em religiões”. Por que isso acontece? Porque somos de barro; essa é a realidade.

Reflita: Como é seu olhar para aquele que o traiu? É olhar de condenação? Ou olhar de acolhimento? São Paulo diz: “Quem julga que está de pé cuidado para não cair”.
Jesus escolheu Pedro para ficar no seu lugar a fim de dizer: “Vocês que caminham atrás dele são como ele”. Somos de barro, por isso que Jesus não se apavora.

Que maravilhava se o casal dissesse diante da traição: “Assim como você caiu eu posso cair”. Mas dizem: “Eu nunca te traí”. Pode até ser que o homem não tenha arrumado outra mulher; nem a mulher, outro homem, mas e nos outros sentidos da vida?

“Voltando-se o Senhor, olhou para Pedro. Então Pedro se lembrou da palavra do Senhor: Hoje, antes que o galo cante, negar-me-ás três vezes. Saiu dali e chorou amargamente” (Lucas 22, 61-62).

Jesus olhou para Pedro e, graças a esse olhar, este chorou amargamente. Esse olhar o salvou. Como é seu olhar para aquele que o traiu? É olhar de condenação? Ou olhar de acolhimento? Cristo diz que com a mesma medida com que medirmos os outros, seremos medidos. Por isso precisamos exercer essa misericórdia. O Senhor disse, através do Seu olhar, para o apóstolo: “Eu sei quem tu és”.

Na vida de casado, o ato sexual é o fechamento do amor total. O amor começa em âmbito espiritual, no interior da pessoa,  e se expande para o psiquismo, onde entra o esforço de ir ao encontro do outro sem cobrar. No entanto, o que mais se vê entre os casais é cobrança, já se casa cobrando o outro. Atitude de amor é atitude de querer o bem do outro. Não é só querer o bem ao outro, mas do outro. Se eu o amo, eu tenho força interior para querer o bem do outro; no momento em que entra a cobrança não é amor.

O amor começa em âmbito espiritual. O homem começa a sentir atração por uma mulher e vice-versa, eles começam a sentir o impulso na mente de ir ao encontro do outro para querer o bem. O namoro é a etapa em que o casal começa a ter comunhão de pessoa. Ao se olharem reciprocamente começam a perceber o que está no interior do outro; é uma fase de conhecimento. “Como você viveu?” “Quais os traumas você teve?” “Como é sua família?” Vão se conhecendo e vai havendo a comunhão entre ambos. Depois dessa comunhão, passa a existir o forte desejo de co-habitarem-se no matrimônio e se tornam uma só.

Quanto mais amor, menos cobrança. Quanto mais cobrança, menos amor. Se você que é casado decide viver essa realidade [de não cobrar o outro], seu casamento vai dar certo.

Você faz uma aliança não para cobrar, mas para se doar. Como viver isso? Vejam como vocês cuidam dos filhos, tudo é de graça, vocês não exigem nada deles, só se consomem por eles. Amor total, cobrança zero!

Por que muitas mulheres amam mais os filhos que o marido? Porque os ama gratuitamente. Você mulher, você homem, pense nisso: “Vou fazer para meu cônjuge o que faço para meu filho”. E você vai ver como o relacionamento vai mudar. Isso para que ama os filhos que tem claro.

Aqui está a cura dos relacionamentos:.

O amor que vocês sentiram não é uma farsa, mas algo que Deus lhes deu. 

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